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sábado, 19 de janeiro de 2019

Ciências Agora

Posted: 16 Jan 2019 06:34 PM PST

Crianças e adultos com celulares posicionados. Cliques e gritos acompanham cada mergulho da estudante de biologia marinha Isabela Cardoso, 21 anos, no tanque principal do Aquário do Rio de Janeiro(AquaRio), na zona portuária da cidade.




Estudante de biologia marinha se veste de sereia para lutar contra a poluição dos mares — Foto: Mauro Pimentel/AFP



Estudante de biologia marinha se veste de sereia para lutar contra a poluição dos mares — Foto: Mauro Pimentel/AFP

Em todas as vinte quatro vezes que Isabela mergulha com sua cauda rosa e azul, toda a atenção do público se volta para a mensagem da sereia carioca: o lixo é o grande vilão dos mares.


Estudante de 21 anos transformou brincadeira de criança em chance de pedir menos plástico nos oceanos — Foto: Mauro Pimentel/AFP
A brincadeira de criança de se manter o máximo possível de tempo debaixo d’água virou profissão desde 2017 nos tanques do Aquário do Rio de Janeiro. Mas essa sereia está sempre chamando atenção do público para as ameaças à vida marinha. O lixo, especialmente o plástico, é lembrado em cartazes que a sereia carrega consigo nas sessões diárias de mergulhos realizadas na época de maior público para conscientizar crianças e adultos sobre como o lixo afeta os mares.



“A vida veio do mar, então porque não tratar e cuidar dos oceanos? Uso a imagem da sereia para chamar atenção de como a poluição mata e se não fizermos nada, toda essa vasta diversidade marinha vai acabar”, explica Isabela.
A ideia de utilizar a figura da sereia foi escolhida com precaução pela equipe do AquaRio. “Não queríamos que fosse um show com mergulhadoras vestidas de sereia mandando beijos sem nenhuma informação passada ao público”, conta Paulo Salomão, 35 anos, biólogo educador do AquaRio.

Apresentações acontecem no AquaRio, zona portuária da cidade — Foto: Mauro Pimentel/AFP
Apresentações acontecem no AquaRio, zona portuária da cidade — Foto: Mauro Pimentel/AFP
“Apesar do vasto litoral, o problema que o lixo causa nos mares ainda é pouco conhecido”, explica Salomão.
“Somos uma ferramenta da educação e pesquisa e com essa posição precisamos sensibilizar e conscientizar os visitantes sobre os maiores problemas que os mares enfrentam. O lixo é o maior dos problemas. Queremos mostrar que o problema existe e que precisamos ajudar”, acrescenta.
Fonte: AFP

* Fonte Ciências Agora




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